As medidas anunciadas pelo Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na passada quinta feira, á noite, que visam sobretudo os funcionários da função pública e os pensionistas, são medidas violentas e injustas.
Estas medidas contrariam totalmente as palavras do Primeiro-ministro, que no mês de Janeiro do presente ano e também nos meses posteriores, não se cansou de dizer ao então Primeiro-ministro José Sócrates “ é um erro cortar salários da função pública e dos pensionista” e “ era preferível criar um imposto adicional extraordinário ao IRS”.
As duríssimas medidas que foram anunciadas poderiam e deveriam, em nome da equidade e da justiça social, ser distribuído por todos os cidadão, á semelhança do que sucedeu com a sobretaxa do subsídio de natal para este ano. Não faz sentido que só uma parte da população seja penalizada.
O primeiro-ministro com estas medidas, retira aos trabalhadores da administração pública num curto prazo de tempo, 25% do seu salário.
Pessoalmente, acho que, a ideia de que todos os Portugueses são chamados a contribuir é uma treta, uma vez que, a verdadeira riqueza continua á margem ….
Falta ainda saber o impacto, que as medidas tomadas pelo Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, terão nas alterações ao IRS, nomeadamente nas devoluções, os aumentos do IVA em bens essenciais, como electricidade e gás. Para não falar do aumentos dos impostos especiais sobre consumo, IMI e ISP.
O Sr. Primeiro – Ministro, esqueceu-se de apresentar as medidas para responder os problemas do País, nomeadamente medidas para promover o emprego e o crescimento económico.
Os portugueses entendiam e aceitariam muito melhor estas medidas sem qualquer contestação, se ao olhar para a nossa sociedade e não fosse constantemente confrontada com situações escandalosas de desvios financeiros, sem qualquer tipo de controlo nem explicação, como o “ buraco da Madeira”, as regalias sociais dos dirigentes, os prémios chorudos e sem cortes nos gestores de algumas empresas publica e pior …. O aparente enriquecimento do ex – político á frente de empresas privadas que de forma evidente parece resultar, aos olhos do povo.
O primeiro-ministro disse que “ as medidas são minhas, mas o défice que as obriga não é meu”, mas esqueceu-se de explicar que o seu partido PSD, também contribuiu para o défice com mordomias e luxos de boys ou na criação exagerada de muitas empresas públicas.
É urgente ao primeiro-ministro e ao presidente da Republica, explicar ao povo português, onde ocorreram os desvios para este “monstro” défice, quem foram as pessoas responsáveis e porque continuam impunes.