Segundo “O Jornal de Negócios” revela que o Primeiro Ministro omitiu de forma grosseira ao não informar os portugueses, que o impacto das novas medidas de austeridade, poderá ser muito superior ao anunciado.
Deixo aqui um pequeno excerto a:
(…) A chave é o aumento da contribuição incidir sobre o salário bruto e ser retirado ao líquido.
O aumento da taxa social única é de 7 pontos percentuais, passando de 11 para 18%. Mas a perda no rendimento que se leva para casa (o salário líquido), será superior a 7% logo a partir de salários brutos da ordem dos mil euros.
Todos, funcionários públicos e trabalhadores no sector privado, vão ter uma redução no seu rendimento em 2013 que será superior ao corte de um dos subsídios e, nalguns casos, será de dois subsídios. Mais, portanto, do que foi desde ontem noticiado.
Os funcionários públicos, como sofrem ainda o efeito da mudança de escalão de IRS por diluição de um dos subsídios, vão perder mais do que o equivalente a dois subsídios.
Em causa está uma conta: o aumento dos sete pontos percentuais incide sobre o salário bruto, sendo descontado na totalidade ao salário líquido. Quanto mais alto é o salário, maior é percentualmente o desconto face ao salário líquido. Assim será a não ser que a proposta apresentada pelo primeiro-ministro seja alterada. Tal como está, ela ainda pior do que parece para os trabalhadores portugueses. (…).
Se as contribuições obrigatórias superarem os 72% do salário mínimo nacional (considerando 12 meses), ou seja, se as contribuições obrigatórias superarem a dedução específica por titular de €4104, é o valor destas que entra a abater à coleta (o que terá consequências no IRS devido).
Um Exemplo:
Dois titulares, até €45 600, a simulação do Negócios é exata, perdendo-se 1,6 salários com a nova taxa de TSU. A partir desse valor o rendimento será abatido do valor da contribuição para a segurança social havendo posteriormente o reembolso do IRS cobrado em excesso ( a devolver apenas em meados de 2014) o que mitigará o efeito da subida da TSU. Não deverá assim haver quem perca mais de 1,6 salários, ainda assim muito acima do 1 salário anunciado. Este exemplo aplica-se ao sector privado e corresponde a considerar que não haja alterações em sede de IRS. Se elas vierem a ocorrer, naturalmente, o cenário alterar-se-á.
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