Nos últimos meses surgiu uma nova moda relacionada com a subscrição e compra de obrigações, o que não acontecia num passado recente em que tais investimentos não eram muito procurados pelos pequenos investidores. Atualmente, muitos investidores estão a optar por transferir parte significativa das suas poupanças, nomeadamente depósitos a prazo para obrigações, seduzidos pelas taxas de juro atrativas, estando desta forma a correr riscos significativos.
As obrigações são títulos de dívida de uma determinada entidade, que as utiliza para se financiar junto dos investidores. Um investidor pode participar numa subscrição inicial de obrigações (exemplo EDP, Semapa, ZON, Brisa, Portugal Telecom) ou então comprar obrigações num mercado regulado, tipo mercado acionista mas para títulos de dívida. O investidor procura assim rentabilizar o seu investimento através do recebimento dos juros acordados e/ou venda valorizada da obrigação num mercado obrigacionista.
No entanto, existem diferenças entre Obrigações e Depósitos a Prazo:
Obrigações, são produtos complexos, de difícil interpretação. Apresentam custos significativos de compra, venda e manutenção. O reembolso depende essencialmente da capacidade do emitente. Se os investidores optarem por resgatar antecipadamente, até poderão ter menos-valias porque o preço das obrigações pode ter descido.
Depósitos a Prazo, são produtos tipicamente simples, de fácil compreensão, estão isentos de custos a partir de montantes baixos. Negócio bancário altamente regulado e com mecanismos de garantia de depósitos, exceto em casos pontuais, os depósitos a prazo são mobilizáveis a qualquer altura.
A transferência de investimentos entre depósitos a prazo e obrigações deve ser feita com grande cuidado e, em muitos casos, não será de todo aconselhável, especialmente conhecendo a aversão ao risco da maior parte das pessoas. Ainda assim, para certos investidores que pretendem diversificar os seus investimentos as obrigações podem ser uma boa opção, contudo é necessário garantir que estão cientes do que estão a fazer e dos riscos e características dos produtos envolvidos.
Resumindo: As empresas só estão fazer estas emissões porque não conseguem encontrar outras alternativas para se financiarem de forma mais barata. Se as empresas tivessem acesso a empréstimos bancários com taxas mais baixas provavelmente nunca iriam virar-se para os particulares.
NOTA IMPORTANTE: Para investimentos de 1000 a1500 euros esqueça a subscrição e compra de obrigações! Antes recorrer a depósitos.
É preciso abrir o olho!
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